Considerado um dos têxteis mais antigos do mundo, a fibra do Linho foi descoberta por volta de 8000 a.C. Não se tem a data exata de quando a fibra começou a ser usada como tecido pelo homem, mas há registro que comprovam o seu cultivo em 2500 a.C.
Suas tramas acompanharam a história da humanidade de perto. No Egito Antigo a construção do linho era utilizado na confecção de indumentárias e principalmente nos rituais de embalsamento dos faraós e sua família feitos pelos sacerdotes, conhecida como mumificação. Os fenícios exportaram para a Europa entre os séculos 12 e 18 a.C., onde começou a tradição de produção do linho no continente.
"A fibra do linho, de origem das plantas herbáceas, é extraída do talo. O linho é arrancado pela raiz a fim de se aproveitar todo o comprimento dos caules. Seu nome científico é linum usitatissimum. A estrutura da fibra é composta pela casca e pelo lenho, onde se encontra a zona de filaça, formada por feixes de filaças. Os feixes consistem em um grande número de fibras individuais", diz Bruna Marques de Oliveira; professora universitária, educadora e técnica em modelagem.
A fibra do linho é encontrada, atualmente, em ambientes com temperaturas mais frias com boa parte da produção sendo feita na Europa. Dentre os países produtores estão a Polônia, a Bélgica e os Países Baixos. Quanto ao Brasil o cultivo é bastante restrito a pequenas áreas com possibilidades de comercialização e extração da fibra.
Sua aplicação é bastante versátil, tendo em vista as particularidades que apresenta, como maciez ao toque e sofisticação visual. Por isso o linho é ideal para produzir camisas sociais em gramaturas baixas, roupas de cama ou mesa, guardanapos, etc. Seu uso em altas gramaturas é ideal para criar itens que necessitam de tecelagem mais rígida, a exemplo de almofadas e tapetes, entre outros tipos de artigos de decoração.
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