Como solucionar os impactos ambientais gerados pelo descarte de peças de roupa no lixo comum?
Foto: Rhodia Solvay Oficial
Produzidos por fibras sintéticas como nylon e poliéster, algumas peças de roupa (principalmente as peças íntimas) não são repassadas para outros usuários, sendo então destinadas para o lixo comum sem chances de reaproveitamento. Esse ciclo, em escalas repetitivas, degrada gravemente o meio ambiente, demorando cerca de 80 anos para se decompor totalmente na natureza.
Foi a partir dessa constatação que a Rhodia Fibras desenvolveu uma pesquisa de 5 anos para criar a Amni Soul Eco®, fibra biodegradável e 100% brasileira. “Conseguimos desenvolver uma modificação no polímero que acelera o processo de degradação. No máximo em cinco anos o material desaparece”, diz Renato Boaventura, presidente da unidade global de negócios Fibras na Rhodia, empresa do grupo Solvay.
Foto: Rhodia Solvay Oficial
Desenvolvido na unidade paulista da empresa, em Santo André, o novo fio tem capacidade de proteção contra raios UVA e UVB, suporta alta exposição a luz solar e ao calor, procurado pelas confecções do setor esportivo, moda praia e moda íntima. Ao invés de demorar cerca de 80 anos para se decompor na natureza, seu processo após a aplicação biodegradável leva no máximo 5 anos para desaparecer totalmente.
O nylon foi o material escolhido pela empresa para ser recolhido dos descartes e transformado em um novo fio contendo tecnologia aplicada. “Partimos da ideia de acelerar na natureza a decomposição daquilo que não pode ser reciclado”, diz Renato Boaventura. Hoje, o retorno da comercialização do Amni Soul Eco® representa 20% do faturamento da empresa.
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