Entenda a importância de uma boa administração acadêmica para o futuro da Moda e do Design mineiro.
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O assunto da matéria de hoje nos leva a relembrar o início da Versi Têxtil e o motivo que levou o idealizador do blog a querer se comunicar sobre o mundo do design. Ney Versiani (idealizador do blog) tem formação em Técnico Têxtil (CETIQT-Rio de Janeiro), Técnico e Segurança do Trabalho- (SENAI-MG) Administração de Empresas- (Newton Paiva), Pós Graduação em Pedagogia Empresarial-Andragogia(UEMG-BH) e Pós Graduação em Desing de Moda (FUMEC). Além de atuar como consultor de desenvolvimento têxtil, ocupou durante anos o cargo como professor de tecnologia têxtil em várias universidades mineiras, dentre elas a Universidade Fumec em Belo Horizonte - MG. O propósito principal de Ney ao criar o blog foi conectar suas alunas (estudantes de Design e de Moda) ao mundo corporativo, possibilitando-as então, acessar todas camadas possíveis do meio profissional da sua área de preferência. O Blog começou a dar espaço para empresas do ramo, para projetos de estudantes universitárias e para ex-alunas trazerem seu posicionamento como profissionais recém inseridas no mercado e com rica bagagem acadêmica, no intuito de integrar a comunicação entre os mesmo e reverberar os efeitos dos ensinos têxteis.
Foto: acervo /Prof. Ney Versiani em aula de tecnologia têxtil com alunas da Universidade Fumec.
Ao longo dos anos, alguns propósitos da instituição em que o professor Ney atuava foram se perdendo, vieram os impactos do ensino EAD que cresceram em reflexo da pandemia, houve perdas de profissionais qualificados e ausência de verba para recursos que, prejudicou de forma considerável todos os cursos, principalmente os cursos de Design. Diante desse cenário e neste dia que antecede as eleições para reitores e diretores da Universidade Fumec, resolvemos trazer um pouco da visão e das propostas de um dos candidatos para que possamos reaver nosso poder de escolha sobre as instituições que apoiamos e que usufruímos. Kássio André Lacerda é professor e pesquisador Universitário, com formação em Ciência e Tecnologia dos Materiais e Nanomateriais. Vice-diretor da Associação Brasileira de Polímeros – ABPol, regional Minas Gerais. Delegado eleitor do Conselho Regional de Química de Minas Gerais. Docente da Universidade FUMEC há 13 anos - com experiencia nos três pilares universitários; ensino, pesquisa e extensão - leciona no curso de Mestrado Profissional de Processos Construtivos, para cursos de engenharia. Tem forte atuação na gestão universitária através de coordenações realizadas do Núcleo de Inovação e Tecnologia, Gestão estratégica de Novos Negócios, Comissões de Pesquisa e Extensão, Conselhos de Ética e Pesquisa, Coordenação de curso de pós-graduação em Administração Contratual e Claims, Patologia das Edificações e Tecnologias dos Materiais Compósitos - Estruturais e Avançados. Nesta ocasião candidato a diretoria da Faculdade de Engenharia e Arquitetura – FEA da Universidade FUMEC.
Atualmente atuo como professor do Curso de Mestrado Profissional em Processos Construtivos, cursos de graduação nas áreas de engenharia. E coordenador de Cursos de Pós-graduação “Lato Sensu”, em Administração de Contratos e Claims, Patologia nas Edificações e Tecnologias dos Materiais Compósitos - conta Kássio Lacerda.
Quais são as principais responsabilidades de um diretor acadêmico?
Exercer a coordenação geral das atividades didáticas, cultural, administrativa, e financeira da faculdade. Compor conselhos executivos e consultivos. Representar a faculdade junto à mantenedora, reitoria e em atos públicos e na relação externa com outras instituições. Encaminhar a peça orçamentária junto aos conselhos executivos. Zelar pela ordem e disciplina no ambiente da faculdade respondendo por abusos e omissões. Dentre outras responsabilidades e atribuições estabelecidas no estatuto e regimento internos da Universidade e Fundação Mineira de educação e Cultura.
Como você visualiza as possibilidades de integração dos cursos da FEA-FUMEC?
Através da missão institucional da formação técnica e cidadã. Colocando o individuo em primeiro plano. Colocando os recursos físicos, tecnológicos e sociais na promoção do bem-estar social e o conforto do indivíduo. De forma conseguir uma transformação por experiências de vida social e profissional. Através da implantação de HUB de tecnologias e ensino, criando um ecossistema de criação e desenvolvimento, através de um impulsionamento para a inovação aberta. Estes HUB serão o local de integração e sinergia entre os pilares universitários; ensino, pesquisa e extensão. Oportunizando formação técnica consolidada e experiências de vida. Nesse ambiente o importante e fazer escolha, experiências, que leve o individuo a atingir um estado de percepção de realização e felicidade com seu desenvolvimento humano e profissional.
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É possível perceber que, há um tempo, as estruturas de ensino superior, em geral, vêm perdendo força e credibilidade por distintos motivos. Com isso, qual sua expectativa para o futuro do ensino de graduação e pós-graduação?
Um comportamento social que resgate no indivíduo valores de civilidade, cidadania, e maturidade socioambiental. A humanidade tem experimentado uma transformação social denominada Sociedade 5.0 (2016 marca o início deste movimento), que trata do uso de tecnologia e o consumo das mesmas, de forma radical, disponível e acessível para todos em todos os lugares do planeta, para produzir uma vida equilibrada de conforto e bem-estar. Nesta abordagem há uma mudança de posicionamento das instituições, sociedade civil organizada e governos, customizando, para cada indivíduo, o que melhor e necessário à sua realização e estado de felicidade. Precisamos de mudanças gradativas na forma de gerar, transferir e aplicar conhecimentos, tecnologias, através dos meios produtivos, prestação de serviços. A Universidade “é o lugar” onde essa realidade acontece. Pois somos os protagonistas na transformação e formação das pessoas, profissionais e novos saberes. Com visão mais inclusiva, e com ações para atender demandas mais personalizadas através de um ambiente de experiências que significam e ressignificam os valores de cada indivíduo iremos formar novos profissionais capazes de resolver os nossos problemas e demanda atuais e futuras.
Como você acha que sua área de estudo e seus conhecimentos podem contribuir para as áreas do Design?
Ao longo de minha carreira profissional, trabalhei como desenvolvedor de produtos tecnológicos e, ao desenvolver novos materiais, sempre enfrentamos avanços que exigem provas de testes, desenvolvimento de design de produtos ou de serviços. Quando chegamos nesse ponto de transição, esbarramos nas dificuldades de não ter todos os recursos disponíveis e é então que o uso de tecnologias digitais, prototipagens rápidas, manufatura aditiva e uso criativo de materiais integram as áreas com muita sinergia, mas as vezes, ainda com baixa interlocução. Acredito nos ecossistemas de inovação e empreendedorismo abertos, que são facilitadores e inspecionadores de novas relações e novas formas resolutivas de problemas, que propõe soluções rápidas, eficientes e sustentáveis. Então, vejo claramente a contribuição dos conhecimentos, técnicas e profissionais do Design como um fio condutor que nos leva rapidamente ao mundo dos desenvolvedores, dos produtores e consumidores, obtendo-se resultados certeiros.
Qual a importância de otimizar a conexão de estudantes universitários com seu meio de atuação profissional?
Manter em curso uma base tecnológica com formação para mercados produtores; onde os trabalhos acadêmicos estão correlacionados às etapas de criação, desenvolvimento, produção e distribuição no meio profissional. A experimentação, as vivências, os estágios, as mentorias, a participação em eventos profissionais e culturais são de suma importância para a formação profissional. Essas experiências trazem aos alunos uma imersão transformadora, mudando o mindset, formando profissionais visionários e capazes de produzir soluções diversas para problemas reais e futuros.
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Como modernizar o ensino e acompanhar as mudanças de mercado tão constantes?
Através de uma ouvidoria vigilante das tendências comportamentais e da evolução tecnológica, da inclusão incremental de novas tecnologias nos cursos através da participação dos alunos, professores e egressos de nossa Universidade, dos mercados profissionais e industrial. Após uma profunda análise de todos os cenários retratados, em consonância com as legislações educacionais brasileira, vamos modernizando nossos cursos nos três pilares da universidade: ensino, pesquisa e extensão.
Cite algumas das suas propostas administrativas para os cursos de Design da Universidade Fumec.
· Fazer uma ouvidoria ativa com os alunos e professores criando ambiência para a manutenção da organização pedagógica, melhoria contínua da qualidade (matriz curricular, pesquisa, extensão, infraestrutura, eventos), buscando aprimorar a percepção do desenvolvimento de ideias e novos projetos para o curso de Design e Design de Moda.
· Aproximar o curso dos mercados consumidores, sociedade civil, os agentes de criatividade, inventividade e produtores.
· Melhorar a captação de alunos dos cursos.
· Melhorar a carreira docente e técnicos de laboratórios.
· E como resultado deste conjunto de ações aprimorar estratégicas para o curso os alunos e egressos ter um reconhecimento profissional consolidado, um diploma forte, e um curso de excelência.
Sabendo que a Indústria da Moda hoje é um dos setores que mais gera empregos e movimenta a economia do país, como você acha que a instituição de ensino pode contribuir para este movimento econômico?
· Fazendo uma aproximação do setor através de organizações profissionais e empresariais.
· Realizando uma monitoria e uma mentoria para apresentar soluções de interesse do setor e dos profissionais da moda. Digo desenvolver os Perfis formadores de profissionais, realizar pesquisa e extensão aplicado, utilizando destes resultados para conhecer, informar e melhorar os setores criativos, desenvolvedores, produtores e consumidores.
· Organizar eventos integrados acadêmicos e/ou mercadológicos para ampliar a troca de saberes e experiências.
· Criar interações com setor para imersão de professores e alunos, através de estágios, visitas (as empresas do setor, e dos profissionais a universidade), eventos.
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