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Piñatex, o tecido do futuro

Retirado das fibras das folhas do abacaxi, o Piñatex promete ser um substituto do couro animal e dos materiais similares ao couro derivados do petróleo, garantindo a mesma qualidade e impacto ambiental mínimo, além de diminuir o mercado de criação de gado para abate.

Foto: Ananas Anam (https://www.ananas-anam.com/)

A autora dessa pesquisa e aplicação no mercado brasileiro é a empresária Carmen Hijosa, fundadora da empresa Ananas Anam. A oportunidade surgiu quando Carmen trabalhava na indústria de artigos em couro nos anos 90 e teve a oportunidade de viajar às Filipinas, onde teve o seu primeiro contato direto com o impacto ambiental destrutivo da produção em massa de couro e do bronzeamento químico.

Ao voltar da viagem, Carmen deu início as suas pesquisas de criação de tecido ‘não tecido’ a partir dos recursos naturais já existentes em abundância na natureza onde, enfim, encontrou a possibilidade de trabalhar com as folhas do abacaxi, até então descartadas após a colheita da fruta.

O processo de fabricação do Piñotex tem início na própria plantação, os agricultores colhem o abacaxi e as folhas que ficam para trás passam por um processo de descasque, o subproduto pode ser utilizado como fertilizante ou biogás.


Foto: Ananas Anam (https://www.ananas-anam.com/)


As fibras são engomadas através de maquinário e colocadas para secar ao ar livre. O terceiro processo acontece dentro da indústria na fabricação da malha não tecida, a base do Piñotex, que é transportada para a Espanha onde recebe o tratamento final com o aspecto tratado do couro. Suas características incluem flexibilidade, conforto e durabilidade, sua utilização inclui artigos decorativos, moda e estofamentos automotivos.

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